Resenha de Filme: Sombras da Noite (Dark Shadows, 2012)

    A postagem foi escrita no dia 13/07/2012. Eu acabei de chegar do cinema. Eu esperei tanto tempo por Dark Shadows. As outras pessoas deram opiniões tão negativas, minhas expectativas quase que murcharam. Eu fui conferir e digo que não foi uma experiência tão ruim.
   Sombras da Noite é a adaptação para cinema da novela Dark Shadows. A adaptação dirigida por Tim Burton conta com a presença de um grande elenco que inclui Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer e Eva Green. A jornada de Barnabas Collins se inicia quando ele e seus pais chegam à cidade de Collinsport e abrem um negócio de pesca que tende a crescer cada vez mais. Barnabas, já adulto, se torna um homem rico e mulherengo. O jovem rapaz comete o erro de magoar uma mulher sem imaginar as consequências de seus atos. Angelique é uma bruxa malvada e obsessiva por Barnabas. Ela, após se ver magoada por ele, é levada a transforma-lo em vampiro e aprisiona-lo por séculos dentro de um caixão. Barnabas acaba retornando e se deparando com um novo mundo do ano de 1972. Barnabas se une aos estranhos membros restantes da família para restaurar o negócio de pesca da família Collins e de se vingar de Angelique.
   Dark Shadows não é Sweeney Todd, Ed Wood ou Edward Mãos de Tesoura, mas ele consegue muito bem manter o estilo cinematográfico do Burton. Eu definiria Dark Shadows como uma boa versão piorada de Beetlejuice.
   O filme conseguiu ser bom em seu modo, só que não. A fotografia, trilha sonora e o elenco de peso não pecam, mas o roteiro é péssimo. Grahame-Smith é escritor, não roteirista. Os personagens que poderiam ter um papel interessante no filme serviram de enfeites para tapar os buracos do roteiro fraco. Os personagens foram muito pouco explorados, não deixaram de passar as dúvidas. Eu me decepcionei muito com o roteiro. Eu esperava assistir Abraham Lincoln: Vampire Hunter no cinema, mas com esse roteiro decepcionante de Seth Grahame-Smith, eu posso esperar pelo próximo no lançamento em DVD.
   O roteiro não valorizou as atuações. Depp mantém a atuação sempre cativante e consistente, mas a única atriz que conseguiu tirar o proveito real do roteiro foi Eva Green. Os outros atores se mantiveram em um nível neutro, nenhum deles conseguiu se aproveitar das situações para se destacar.
   A relação de Barnabas e Angelique me lembrou de Sede de Sangue. Os dois formavam “casal” que vivia em pé de guerra, mas um ainda estava disposto a lutar pelo outro e para se livrar do outro. Angelique é louca, obsessiva e não mede esforços para conseguir o que quer. Angelique era a verdadeira forma de personagem preferido pra mim, ela é o estilo de personagem determinada e insana que faz tudo pelo bem maior. Os roteiristas cometeram o erro de se esquecer da estética geral e moverem seus olhos apenas para os dois personagens principais.
   A trilha sonora impecável e a fotografia leve foram os pontos mais altos do filme. As referências à cultura popular e as doses de humor negro também foram divertidas e interessantes.
   Dark Shadows me deu vagas lembranças de Alice, Beetlejuice, Edward Scissorhands, Sleepy Hollow e Sweeney Todd em alguns momentos. Dark Shadows, entre os citados, conseguiu ser apenas um pouco melhor do que Alice In Wonderland. Tim, não foi um dos seus melhores, mas eu sempre vou estar lá esperando na fila do cinema por você. O filme não foi um desperdício total de dinheiro, eu pude ver o Depp e a Helena, então foi um tempo bem gasto que passou voando, mas eu não acho que assistiria mais de duas vezes.

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